1 de maio de 2014

Água



Falar de ti
é falar de tudo o que passa
no alto dos ventos
na luz das acácias
é esquecer os caminhos
apagar o enredo
é pensar as formas do branco
como teu corpo numa praia
branda e azul
tua pele não retém as horas
escorres, liquida
sonora

Francisco Alvim
Exemplar Proceder, 1974



Desconheço a autoria da imagem



4 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, que maravilha! Vivo a espiar sua mais nova postagem...
Obrigada!

Mar Arável disse...

Vozes ao alto

vieira calado disse...

Um poema escorreito e esbelto!
Um abraço!

Duarte disse...

E que destila eflúvios carentes de cor... se não estás perto...
Abraços de vida